O assunto do dia

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É, parece que o frio chegou de vez. Hoje, especificamente e drasticamente o tempo virou, e a mudança de temperatura foi explícita. Como de costume, ao acordar, verifiquei a previsão do tempo no meu celular e me impressionei: máxima de 13°C! Eu sabia que iria esfriar, mas tipo, como assim tão rápido? Ontem mesmo estava fazendo vinte poucos graus. A mudança repentina chamou atenção de muita gente.

Começamos a sentir o frio, a ver o frio, e também a ouvir o frio. Sim, foi o assunto do dia em muitas conversas que presenciei e, obviamente, nas redes sociais não foi diferente. Fotos de pessoas agasalhadas, notícias sobre o clima e desejos de gordices de frio começaram a rolar na timeline. Sopa, chocolate quente e chimarrão parecem ser as campeãs.

Mas sabíamos que ele estava pra chegar, e a diferença climática entre as estações no Rio Grande do Sul é bem extrema. Inclusive, por aqui tem dessas: quando a gente já tá de saco cheio do calor, começa a esfriar, e quando não aguentamos mais passar frio, o calorzinho começa a dar as caras. Acho isso ótimo porque isso reflete diretamente no guarda-roupas, e quando já não temos mais looks para montar com as peças da estação, podemos trocar pelas da próxima.

Em geral, o meio termo só existe na primavera e no outono, as estações costumam ser bem demarcadas, e sei que isso não acontece em todo Brasil. De resto, dá pra inverter o guarda-roupas MESMO! Não precisa deixar aquelas peças de meia estação mais à mão porque elas não vão ser utilizadas, a menos que possam cobrir ou serem cobertas por outras três ou quatro camadas de roupa no inverno. Aliás, a não ser no verão, aquele shortinho e a blusinha fina podem ficar bem no fundo da gaveta mesmo.

Eu sou muito friorenta. Do tipo que não consegue deixar o pescoço à mostra no inverno e vive com dor nas costas por ficar se encolhendo nos dias de frio. Morro de inveja daquelas mulheres que parecem que não sentem frio e conseguem usar poucas camadas de roupas sem ficarem arrepiadas. Porque, convenhamos, por mais que casacos, botas e toucas possam dar um ar super elegante ao visual, em algumas situações eles não são adequados. É preciso ser forte para aguentar o frio e usar uma roupa que preze pela feminilidade em determinados eventos durante o inverno e não ficar parecendo uma múmia enrolada em centenas de roupas.

Para esse período de transição entre estações, tenho uma tática para tentar não sentir tanto frio quando ele estiver em seus dias mais rigorosos: não vou logo vestindo tudo que é possível já no início. Vou passando um pouco de frio nos primeiros dias pra ir me acostumando aos poucos. É engraçado, pode parecer loucura e talvez seja só psicológico, mas que seja! Prefiro acreditar que funciona, porque se fazendo isso eu já sinto tanto frio no auge do inverno, imagino que se não fizesse, talvez precisasse andar enrolada em um cobertor o dia todo.

Fica a dica pra galera do friozão. Quem é com eu, deve entender, e não custa tentar pra ver se vai funcionar, né não? Depois que passar o inverno a gente conversa pra ver se deu certo.

O tesouro que há no caminho

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Quem quer, faz. Já vivi o suficiente para entender que o que é meu, ainda que não agora, um dia, vai ser meu.

Não é desejo de possessão, de forma egoísta. É desejo de ter, inclusive, a possibilidade de conviver, a oportunidade de compartilhar. De dividir e expandir alegrias. De viver!

O importante é, antes de tudo, preocupar-se com as realizações próprias. Com a plena satisfação em fazer o que se faz, em viver o que se vive. As pequenas felicidades cotidianas levam às grandes. O prazer de extrair o melhor de cada instante prepara as energias em volta para receber os maiores anseios.

O bem plantado hoje, vai um dia ser colhido. As árvores darão frutos e os arco-íris levarão aos tesouros, mas a jornada não vai ser fácil. Uma árvore não cresce, floresce e dá frutos de um dia para o outro, assim como arco-íris não surgem em qualquer lugar. Os potes de ouro são encontrados por aqueles que persistem, e aproveitam os caminhos coloridos até neles chegarem. Basta reconhecer e valorizar tanto o arco-íris quanto o tesouro. Tanto a beleza das árvores quanto o sabor dos frutos.

Quem quiser me ver, vai me ver. Quem quiser estar comigo, vai dar um jeito. Quem quiser ouvir o que digo, vai ouvir. E quem tiver de chegar até mim, um dia vai chegar. Assim como eu sei que vejo quem tenho que ver, ouço quem tenho que ouvir, para chegar onde devo chegar. Não simplesmente porque quero, mas acredito que tem uma energia maior que nos encaminha para um lado ou outro. Destino, talvez. Sempre tem um propósito, mesmo que, agora, eu não entenda. Nada do que encontro pelo caminho é em vão.

As oportunidades aparecem a qualquer tempo, mas às vezes até é preciso colocar os óculos e melhorar a visão para enxergá-las. Ou ainda, dar abertura para que apareçam. Os objetivos iniciais nem sempre são alcançados, por isso sei que a grande chave é aproveitar o caminho. Assim, o objetivo pode até mudar no meio do trajeto, e as pequenas fases podem ser mais surpreendentes do que o grand finale. Melhor viver um grande percurso ao aproveitar cada segundo, do que frustrar-se ao alcançar o objetivo e perceber que nem era tudo aquilo que foi idealizado.