Desligue o achômetro

purple 1000

Eu me incomodo um pouco com a necessidade que algumas pessoas têm de julgar a vida dos outros. Basta alguém fazer uma coisinha diferente do habitual e pronto!… Já é motivo para julgamentos dos olhos mais curiosos.

Não precisa muita coisa…

Começar a malhar. Não malhar. Mudar de endereço. Morar em um lugar.  Resolver trancar a faculdade. Resolver começar uma faculdade. Namorar. Não namorar. Ir a um show. Viajar. Ficar em casa. Comer bolo de chocolate. Comer alface. Comer carne. Ser vegetariano. Sair com alguém. Falar. Calar. Estar. Ficar. Ir…

Cada decisão está propensa à julgamentos, e muitas vezes julgamentos maldosos. Como se cada atitude fosse motivada por propósitos ruins, e feita para atingir uma vontade implícita de cada um. E não é bem assim.

Pode parecer meio óbvio, mas as pessoas de bom coração querem mais é viver em paz. Não deixam suas vontades subentendidas através de suas atitudes. Decidem por isso ou aquilo explicitamente, muitas vezes somente porque estão com vontade. Não optam por uma coisa para tentar demonstrar algo.

Como eu queria que cada um pudesse fazer suas coisas, como bem entendem, sem o “achômetro” dos outros sempre ligado. Opiniões e compartilhamentos de experiências são legais, e nos ajudam a evoluir, claro. Chatos são os julgamentos sem conhecimento de causa. Porém, creio que é difícil que eles não existam, pois às vezes são mais fortes do que as pessoas que os fazem, e muitas vezes nem percebem que já estão novamente julgando uma coisa ou outra.

É tão bom poder viver sem pressões e sem preocupações sobre o que os outros vão pensar. E a solução é isso mesmo, fazer o que se quer, pensando no bem e desejando o amor para tudo e todos. É o que eu procuro fazer, porque eu acho que se encher de bons pensamentos e energia positiva só atrai coisas boas.

Por mais que, vez ou outra, sintamos uma energia não muito boa de alguém, não podemos saber de cara suas intenções. Então procuro acreditar que a energia positiva serve, no mínimo, como um escudo protetor, onde os pensamentos atraem aquilo que exalam, e vice-versa.

Sei que fazer a minha parte, e incentivar para que os à minha volta também façam, já contribui para uma vida tranquila. Aos poucos, isso vai contagiando mais e mais pessoas para que também vejam a vida assim.

Um relacionamento muito sério

850xN 1000

As pessoas costumam dizer que quem tem cabelo liso, gostaria de ter cachos, e que quem tem cabelo cacheado, gostaria de ter liso. Dizem que as mulheres nunca estão satisfeitas com o cabelo que têm.

Seguidamente me falam coisas como “ai, teu cabelo é bonito, mas tu gosta dele assim?” ou “tu não gosta do teu cabelo né?”, “ah, porque geralmente as mulheres não gostam do cabelo que têm”. Eu fico tipo “oii??”. A resposta, nessas ocasiões é: sim, eu gosto do meu cabelo, eu não quero alisar meu cabelo, eu estou satisfeita assim. Não sei por que causa surpresa. O tipo de cabelo que temos é o que mais temos experiência em cuidar, em arrumar, e isso que faz ele bonito.

Gostar do cabelo que se tem é fundamental. Ser confiante ao usar um penteado, ao usar ele solto, ao cortar, ao deixar crescer, ao pintar ou não… O importante é descobrir o que você gosta no seu cabelo, de que forma você vai se sentir bem com ele, ou até mesmo sem ele, porque não? E se você tiver o cabelo cacheado e quiser ter liso, e se sentir bem assim, que bom, é assim que você vai usar. Ou tentar, até você cansar e querer mudar. Uma hora a gente acerta!

Temos toda a liberdade para cansar do cabelo do jeito que está, e de repente, mudar! Claro que sempre com muita responsabilidade para não se arrepender. E às vezes a mudança pode ser simplesmente trocar o lado de dividi-lo, ou então, optar por não dividir e usar algo meio bagunçadinho mesmo.

Pela minha experiência pessoal com cachos, obviamente, hoje eu digo que quem tem cabelo liso até pode querer ter cacheado, mas existem muitas opções lindas para serem feitas com seus fios lisinhos. E quem tem cabelo cacheado, até pode querer ter cabelo liso, e pra tudo sempre tem um jeitinho. Porém, digo com mais convicção e conhecimento de causa que quem gosta de seu cabelo cacheado, quer mesmo é ter cabelo mais cacheado, e mais volumoso, e mais, e mais e mais…

Quanto mais a gente conhece, mais a gente aprende e mais a gente se apega. Sim, parece conversa de relacionamento amoroso mesmo, porque é! Quanto mais acontece tudo isso, mais a gente ama os nossos cachos. Mais a gente aprende a aceitar os dias de revolta dos fios, e passa a enxergar sua beleza até mesmo nestes dias. Ou aprende a driblar os danados e esconder a revolta deles com um truquezinho daqui ou dali. O que vale é conhecer o que você gosta e, principalmente, conhecer o seu cabelo para buscar saber o que ele gosta também. Arrisque!

*Essa ilustração liiiiinda do post foi feita pela Luiza Normey, acessem o site dela para conferir mais do seu trabalho que é um amor. ❤ Aproveitem para acessar as redes sociais dela por lá e continuar acompanhando também. 😀 #superindico

Uma história de vida

bobby
Comparação de fotos que meu irmão fez há um tempo atrás. A primeira, nos primeiros anos com o Bobby. A segunda, mais ou menos 10 anos depois. Olha só que amores! *—*

Eu era bem pequena quando o Bobby chegou aqui em casa. Eu tinha uns 6 anos de idade, mas tenho aquela imagem viva na minha memória como se eu tivesse uma fotografia desse momento, que posso rever quando eu quiser. Eu estava chegando da escola, e vocês podem imaginar minha felicidade ao olhar em direção ao quarto e ver, entre o vão da porta, aquela bolinha de pelos pretinha, caminhando em direção à mim. Eu não lembro se eu tinha vontade de ter um cãozinho, provavelmente sim, como toda criança, mas eu não estava esperando.

E é essa cena que eu tenho muito presente em minha mente: ele vindo até mim, com aqueles passinhos ligeiros que faziam barulho ao encostar as patinhas no piso, como continuou por toda a vida, inclusive. É um dos momentos mais felizes da minha infância que tenho lembrança. Eu nem podia acreditar que eu tinha um cachorrinho!

Bobby viveu conosco daquele momento em diante. Lembro de muitos momentos em que ele nos acompanhou. Enquanto o tempo passava, acabei nem percebendo, mas ele cresceu comigo. Porém, como o tempo dos cachorrinhos é diferente do nosso, percebi que aquele bebê que chegou aqui em casa, logo atingiu a adolescência, ainda na minha infância.

E como é característico da época, Bobby também teve seus tempos de rebeldia. Um poodle não costuma ser muito bravo, e é muito inteligente inclusive, mas Bobby aprendeu a morder, com cãezinhos menores da vizinhança e que não machucavam ninguém na verdade. Por morarmos em uma cidade do interior, ele podia viver livre na rua, brincando com seus amiguinhos. Uma pena que seu instinto o fizesse morder qualquer estranho que passasse na rua também. Essa mordida sim, era mais forte.

Bobby precisou ficar trancado no pátio, mas ele continuava animado e lhe dávamos o carinho que podíamos. Quando eu alcancei a adolescência, ele já era um adulto, um pouco cansado de brincadeiras, mas com a ternura de sempre nos olhos, era um companheiro. E alguns bons anos depois, ele já tinha maturidade suficiente para sair sozinho na rua novamente. Claro que ele sempre teve seus horários de passeio na coleira mesmo, e quando ele já tinha uns 10 anos de idade, passamos a soltá-lo sozinho.

Ele tinha seu horário de sair, dava sua voltinha e voltava pra casa, era acostumado. Começamos a perceber que Bobby ia longe, amigos comentavam que o viam por aí, ele era até conhecido já! E acho que nessa liberdade ele acabou comendo algo que não foi legal, ou indo à algum lugar onde infelizmente pegou carrapato. Fizemos o que tinha que fazer, levamos ao veterinário, demos remédios e tudo mais, mas ele continuava com suas voltinhas. Com isso ele foi ficando mais fraquinho, mas nessa época ainda não sabíamos a causa do problema. Até hoje não sabemos ao certo.

Sabíamos que ele estava velhinho, e a idade também o estava debilitando. Começamos a perceber que ele não escutava como antes, tinha dificuldade para enxergar e para comer, bem como acontece com uma pessoa mesmo. Nos seus últimos dias de vida, as idas ao veterinário eram bastante frequentes, e seus passeios aconteciam sempre com a ajuda de alguém.

Nunca vou me esquecer da dor no coração em vê-lo tropeçar por não enxergar, ou de termos que ajuda-lo a comer e fazer suas necessidades. Foram dias difíceis, tanto pra ele quando pra mim e minha família. E finalmente, como era pra ser, Bobby nos deixou ao meio dia de um sábado de primavera. Por volta de seus 15 anos de idade, há pouco mais de um ano atrás, enfim ele pôde descansar.

Essa não é uma história triste. É uma história de vida. Bobby foi um grande amigo que, como disse antes, hoje percebo que cresceu comigo e, devido ao seu tempo de vida, envelheceu antes de mim e me deixou grandes lembranças. As boas e as ruins construíram sua história e completaram a minha. ❤

Um momento especial, logo ali

Unisc.jpg
Registro do anoitecer na universidade, dos tantos que presenciamos

Acho interessante como a minha percepção para o momento da formatura no Ensino Superior mudou com o passar do tempo.

Lembro-me de quando eu era pequena, e via a felicidade dos meus pais ao ver algum amigo ou familiar concluindo esta etapa. Eu e meu irmão não entendíamos muito bem do que se tratava mas, pela emoção,  era fácil perceber que era algo especial. E não era o tipo de evento que frequentávamos sempre, o que aumentava ainda mais a nossa percepção da importância da data.

Com o tempo, passei a conhecer e entender a importância do momento. Entendi a emoção dos meus pais, e conheci seu anseio por ver os filhos naquela posição de colação de grau.

Depois de muito estudo, veio o vestibular e o ingresso na faculdade. Era o início de uma rotina em uma realidade bem diferente do cotidiano escolar ao qual eu estava acostumada, porém, ainda muito distante da formatura. Seriam necessários anos de mais estudo e muita dedicação, mas a formatura já era algo mais palpável, pois havia, finalmente, se tornado um objetivo real.

Mais algum tempo depois, os amigos começaram a se formar. Passei a ver mais pessoas queridas vivendo aquele momento especial, o que me fez sentir, mais ainda, que era algo que eu poderia conquistar também. Talvez seja um pouco difícil de explicar essa sensação, mas conforme esta conquista, mesmo que dos amigos, foi fazendo parte dos meus dias, mais eu me acostumava com ela. Porém, obviamente, sem nunca perder a emoção e orgulho pelo momento, inclusive, acho que o orgulho em ver alguém realizando foi uma das coisas que mais aumentou comparado à percepção que eu tinha quando era criança. Já é algo diferente, pois eu conheço o esforço necessário para isso, e muitas vezes até compartilho das dificuldades enfrentadas por aqueles que estão se formando.

Agora, no final da graduação, depois de realizar quase todas as provas, passar pelos momentos de sufoco e receber as aprovações necessárias, é como se a cerimônia de colação de grau fosse a cereja do bolo. Aquilo que é colocado no final e saboreamos depois de tudo, que é a verdadeira recompensa por todo o tempo de trabalho, marcando aquele momento com excelência.

É o momento de comemorar, com a consciência tranquila e as costas relaxadas depois de cumprir todas as obrigações. Além da emoção e do orgulho, surge um novo sentimento, é uma impressão de “é verdade isso mesmo??”, porque ainda é meio inacreditável pensar que não tem mais nada a se fazer, a não ser receber o diploma e festejar!

E amanhã é este dia especial para muitos dos colegas que tive durante o curso de Ciências Contábeis da Unisc, e estarei os aplaudindo feliz, emocionada e orgulhosa, mais ainda por pensar que, da próxima vez, no próximo semestre, seremos eu e meu irmão ali.

Lhes desejo muito sucesso sempre! Comemoro como uma conquista minha, e me alegro em compartilhar este momento com amigos, em especial Thais, Cris e Nádia. Parabéns pela formatura e aproveitem muito.

Lunática

moon 1000

Se tem uma coisa que eu fico admirada olhando, é a Lua, gosto tanto dela. Em qualquer uma de suas formas: cheia, minguante, nova, crescente… só não gosto quando não aparece.

Talvez essa afinidade se dê pelo nome, talvez por meu signo de Câncer, ou talvez seja uma simples admiração mesmo. Só sei que gosto de parar para admirá-la e, muitas vezes, é uma das coisas mais difíceis de registrar para compartilhar a beleza do momento.

Quando pequena, aprendi que a lua aparecia à noite. Depois, percebi que há vezes em que ela surge também entre raios de Sol, e divide o céu e o dia com ele. Ontem foi um destes, e felizmente consegui fazer um registro que representou bem o momento. Fiquei feliz! 🙂