Lembremo-nos: um relato sobre encerramento de ciclos

Encerrar ciclos envolve muitos sentimentos. Gratidão pelo que passou, e dúvidas sobre o que está por vir. A formatura é um destes momentos em que passa um turbilhão de lembranças em questionamentos em nossas cabeças.

É a celebração da superação de um desafio em comum, que foi aceito por cada um dos formandos, há alguns anos atrás. Comemoramos o alcance de um mesmo objetivo, sonhado e batalhado em diferentes situações de vida. A escolha foi duvidosa, o caminho não foi fácil, mas é a superação dos desafios que nos fortalece.

Por exemplo, eu sempre vi o discurso de um orador de turma, como um momento importante, mas nunca havia me imaginado exercendo essa função. Inclusive, no semestre anterior ao da minha formatura, enquanto eu assistia à colação de grau do curso de Ciências Contábeis da UNISC, onde estavam se formando muitos dos amigos que fiz nesta instituição, eu imaginava que dali a seis meses, seria eu. Porém, naquele momento, eu tinha certeza de que eu não teria coragem para falar especificamente como oradora, pois não deveria ser nada fácil estar na frente dos colegas, mestres, familiares e amigos, para falar sobre a conclusão de uma etapa, na qual todas essas pessoas foram importantes e acompanharam o desenvolvimento de perto.

Eis que a vida dá voltas, os desafios surgem e, no dia 27 de agosto de 2017, me vi lá, com a tarefa de falar justamente para todas essas pessoas… E continuo achando que não é fácil!

Acredito que as oportunidades surgem em nossas vidas para nos instigar a melhorar, para nos desafiar e fazer com que superemos nossos medos. E a formatura só é possível por conta de uma sucessão de oportunidades que nos desafiaram, e que aceitamos enfrentar.

É isso que o ingresso na vida acadêmica faz: nos desafia! É um grande e importante desafio, repleto de outros pequenos e cotidianos desafios. Desde o início, passamos a vivenciar diferentes condições que nos estimulam a melhorar nossa forma de agir e de pensar. Nos fazem sair de nossa zona de conforto.

Quantos de nós pensaram que não conseguiriam realizar um curso de graduação, seja por falta de tempo para estudar e passar no vestibular, ou por não conseguir conciliar a rotina com outros afazeres, ou ainda, por dificuldades financeiras. São motivos corriqueiros, que fazem com que muitas pessoas tenham que abrir mão do sonho. Depois, quantos de nós tiveram dificuldade em disciplinas, naquelas clássicas do curso que amedrontam a todos. Quantos não passaram dias e noites a fio, quebrando a cabeça para ajustar a rotina aos períodos de estudo, realizando trabalhos e, frequentemente, dormindo muito pouco. Quantos de nós ficaram em dúvida quanto ao tema do trabalho de conclusão, e desafiaram seus próprios receios para apresentar o resultado final perante à banca avaliadora.

Estes são apenas alguns exemplos de desafios que muitos de nós, se não achamos que não conseguiríamos, pelo menos sabíamos que não seria fácil. Realmente, mais uma vez, não foi fácil, mas também não foi impossível. E foi tão possível, que hoje estou aqui! Sabemos que são desafios que foram superados, e que muito contribuíram para o nosso desenvolvimento acadêmico e profissional.

Em meio a isso, gostaria de fazer um apelo, a mim mesmo, e à todos que se identificam com esse sentimento, para que levemos como uma missão daqui para frente: basicamente, pedimos para que LEMBREMO-NOS. Lembremo-nos de duas coisas, em especial:

Primeiramente, de nosso FUTURO, de continuar aprendendo, para continuar tentando melhorar sempre. Para mantermos a disciplina das classes profissionais, e o alto nível de ensino e formação das instituições. Para buscarmos, cada vez mais e de melhor forma, repassar o nosso conhecimento a quem dele necessite, considerando a amplitude e constante ascensão do mercado contábil. Para assim, lutarmos para melhorar a situação de nosso país, enfrentando desafios com sabedoria e prezando por uma atuação condizente com os princípios éticos, ao mesmo tempo em que executamos nossas tarefas com eficiência.

Além disso, pedimos para que lembremo-nos também, de nosso PASSADO. Para que durante todos os dias daqui pra frente, não nos esqueçamos de lembrar o que vivemos para chegar até aqui. Lembremo-nos dos mestres que nos orientaram, dos colegas que dividiram conosco as angústias e alegrias que passamos durante a graduação, dos familiares, amigos e de todas aquelas pessoas que nos apoiaram, incentivaram, inspiraram e assim, nos ajudaram a seguir em frente, para hoje estarmos comemorando esta conquista, pois a estas pessoas devemos nosso maior agradecimento. E principalmente, lembremo-nos de que não foi fácil, mas que não foi impossível, tanto que superamos o desafio de alcançar nosso objetivo.

Destaco estas duas grandes riquezas da vida, as quais precisamos sempre lembrar: o futuro e o passado. E em meio a essa relação, surge a dúvida sobre o presente. E quanto à ele, gostaria de deixar uma frase que gosto muito, de Chico Xavier, que diz ‘crê em ti mesmo, age e verás os resultados. Quando te esforças, a vida também se esforça para te ajudar’. E é realmente isso: enquanto lembramos do futuro, e do passado, devemos acreditar em nós mesmos, e agir. Dedicar nossos maiores esforços para o pleno desenvolvimento do agora.

Nós precisamos viver o presente, aproveitar e tentar tirar o melhor de cada momento, para que sejamos melhores a cada novo futuro que passarmos a viver, e lembremos de cada vez mais conquistas que realizamos no passado. Como justamente a comemoração pela formatura, que é a coroação da superação de vários desafios de cada um de nós, e que amanhã, vamos apenas lembrar.

Por isso, vamos viver e celebrar os momentos, da forma mais plena possível, para que cada presente se torne uma de nossas melhores lembranças do passado, no futuro.

* escrito com trechos do meu discurso de formatura, como oradora da turma de Ciências Contábeis, realizada em 27/08/2016 na Universidade de Santa Cruz do Sul.

Renascer para melhorar

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É julho outra vez, mais um ano passou voando, e de novo chegou meu dia, o preferido no mês. Passadas mais quatro estações, tanta coisa já se viu, primavera floriu, verão radiante sorriu e o outono com aconchego, trouxe histórias e partiu. O inverno tomou seu lugar, e todos os lugares por aqui. Mais um aniversário, mais um ano que vivi. Vim em julho, vivo em tudo, vi e vejo em tudo a vida. Cada passo e cada traço à procura da medida, marco a cena, guardo o som, ponho a alma em pensamento. Retalhos do que passou, testemunhos em frações, são lembranças de bons momentos.

Em julho me fiz, e fiz alguma mudança desde então. Fiz um pai e uma mãe, fiz um novo coração, um novo gesto de sentir, um novo modo de viver. Cada filho é uma missão, tantas coisas para ensinar, outras tantas para aprender, imagino quantas dúvidas para um caráter formar e criar um novo ser. É bom pensar nisso e refletir, que nada acontece em vão, é tudo aprendizado, faz parte de uma missão.

Todo ano, desde então, é em julho que me faço. Em cada abraço, renasço, em cada bom sentimento, um laço. É quando aquele balanço para fechar o ciclo eu faço, típico de reveillón. E não deixa de ser assim, ano novo, renascimento… é um novo ano que começa pra mim. Tenho muito o que aprender, a refletir e a melhorar, preciso observar o positivo e me inspirar. Continuo renascendo, vendo, vivendo e aprendendo. E assim quero continuar, ano após ano, tentando melhorar, para que a cada novo inverno, eu tenha mais histórias e amigos para contar, momentos para registrar e motivos para comemorar!

Meu mês em fotos: junho/2016

Vamos direto às fotos porque tem muita dica boa misturada nesse mês fotografado…

 FOTO 01 – SERRA GAÚCHA

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O mês já começou delícia com esse passeio rapidinho, mas super legal e cheio de opções. Muita paisagem bonita, comida boa, vinho… Hmmm, pra quê mais né? Eu já havia ido uma vez para lá, mas tem tanta coisa diferente, que conta com possibilidades de passeios para vários dias. Claro que ficou muita coisa legal pra trás que não deu tempo de visitar, mas com certeza vou voltar. O passeio vale muito a pena, a dica é procurar por Vale dos Vinhedos e também Caminhos de Pedra. Esse lugar feio – só que não – aí da foto é a Vinícola Cave de Pedra.

FOTO 02 – DIA DOS NAMORADOS

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Essa foi a foto que postei no dia dos namorados, com meu amor. Registro de nosso passeio da semana anterior, clicado na Vinícola Casa Valduga em Bento Gonçalves – RS, feito pelo amigo Sandro Custódio. Muito amor ❤

FOTO 03 – CAFÉ, SOL E AMOR

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Cafézinho pós-almoço. No sol para tentar aquecer um dia gelado. Degustando um Baggio Café Bourbon Amarelo, que comprei para experimentar a gostei muito.  Mais uma indicação aí… hehe.

FOTO 04 – AMBIENTE SIMPÁTICO

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O local da foto fica no pub da Cervejaria Heilige em Santa Cruz do Sul – RS. Essa parede é um charme só, ainda mais com essas luzinhas que eu amo. Ambiente legal, bom atendimento, comida boa e o principal: cerveja boa! Sério, parada obrigatória na cidade.

FOTO 05 – ESPELHO DO CÉU

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Quem acompanha minhas fotos no Instagram, percebe como eu gosto de apreciar (e fotografar) o céu. Acho que já andei falando isso por aqui né? Sou fascinada! Gente, não tem muito o que falar… olha isso! E é simples assim, está ali para quem quiser ver e feliz é quem registra. Foi no Lago Dourado, em Santa Cruz do Sul – RS.

Ah, e é tudo fotinho de celular né galera. 😉

Por tudo

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Há algum tempo atrás, eu vi uma mensagem de uma mãe para uma filha na internet. A mensagem era muito bonita, mas o que me chamou atenção foi a resposta da filha. Ela disse “mãe, te amo, muito obrigada por tudo!”. Também foi uma resposta bonita, que é basicamente o resumo da expressão de agradecimento e amor, mas fiquei pensando nessas palavras por um tempo.

“Obrigado por tudo”.  Nós, enquanto filhos, temos consciência de tudo isso pelo que agradecemos a nossas mães? – E enquanto falo das mães, incluo também pais, e aquelas pessoas que, independentemente de familiaridade, criam este mesmo tipo de vínculo com outros seres – Penso que não.

Mas não porque não queremos, pois não são poucas as vezes em que paramos para refletir sobre o empenho de quem nos cuidou desde nossos primeiros momentos neste mundo. Podemos até não pensar em cada detalhe no momento em que agradecemos por “tudo”, mas este é um agradecimento tão complexo, que acredito que até faltam palavras.

Todos nós, enquanto filhos, sabemos que essa tarefa não é fácil. E é por isso que agradecemos.

Sem nem ser mãe ainda, tento ter ideia da complexidade deste ato. Sei que alguma coisa mais forte acontece dentro da gente quando nos tornamos mães, que posso até pensar que entendo agora, mas esse sentimento mesmo, só vou conhecer quando for a hora. E é por esse sentimento que agradecemos.

Até mesmo quem já é mãe nunca vai saber, de fato, o que representou na vida de sua mãe, quando ela soube de sua chegada. No momento sua mãe tornou-se, definitivamente, mãe. Independente das circunstâncias, é um acontecimento único na vida de uma pessoa, e sempre acarreta mudanças. Sei que a vida de uma mãe nunca mais é a mesma depois que ela sabe da chegada de um filho. É por essa mudança que agradecemos.

Nós, filhos, nunca saberemos daqueles planos que elas precisaram deixar de lado, por conta de nossa chegada. Ou ainda, dos meses que passaram estudando ou trabalhando conosco em seus ventres, e também depois de nossa chegada, para garantir nosso sustento. Das noites que passaram em claro para nos acalmar, ou quando estavam com problemas, mas estes eram esquecidos para cuidar de nossas dores.

É por tudo isso que tentamos agradecer, na verdade.  E por causa disso entendo que um “eu te amo” de mãe, é repleto de vontade de abraçar, de cuidar, de dizer tantas coisas que, por sua vez, também não caberiam em palavras. Coisas que eu nem devo fazer ideia…

Entendo enfim, que um “obrigado por tudo” de um filho, é uma tentativa de retribuir esse sentimento que, de tão inexplicável, resumimos apenas assim, com “tudo”.

Um momento especial, logo ali

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Registro do anoitecer na universidade, dos tantos que presenciamos

Acho interessante como a minha percepção para o momento da formatura no Ensino Superior mudou com o passar do tempo.

Lembro-me de quando eu era pequena, e via a felicidade dos meus pais ao ver algum amigo ou familiar concluindo esta etapa. Eu e meu irmão não entendíamos muito bem do que se tratava mas, pela emoção,  era fácil perceber que era algo especial. E não era o tipo de evento que frequentávamos sempre, o que aumentava ainda mais a nossa percepção da importância da data.

Com o tempo, passei a conhecer e entender a importância do momento. Entendi a emoção dos meus pais, e conheci seu anseio por ver os filhos naquela posição de colação de grau.

Depois de muito estudo, veio o vestibular e o ingresso na faculdade. Era o início de uma rotina em uma realidade bem diferente do cotidiano escolar ao qual eu estava acostumada, porém, ainda muito distante da formatura. Seriam necessários anos de mais estudo e muita dedicação, mas a formatura já era algo mais palpável, pois havia, finalmente, se tornado um objetivo real.

Mais algum tempo depois, os amigos começaram a se formar. Passei a ver mais pessoas queridas vivendo aquele momento especial, o que me fez sentir, mais ainda, que era algo que eu poderia conquistar também. Talvez seja um pouco difícil de explicar essa sensação, mas conforme esta conquista, mesmo que dos amigos, foi fazendo parte dos meus dias, mais eu me acostumava com ela. Porém, obviamente, sem nunca perder a emoção e orgulho pelo momento, inclusive, acho que o orgulho em ver alguém realizando foi uma das coisas que mais aumentou comparado à percepção que eu tinha quando era criança. Já é algo diferente, pois eu conheço o esforço necessário para isso, e muitas vezes até compartilho das dificuldades enfrentadas por aqueles que estão se formando.

Agora, no final da graduação, depois de realizar quase todas as provas, passar pelos momentos de sufoco e receber as aprovações necessárias, é como se a cerimônia de colação de grau fosse a cereja do bolo. Aquilo que é colocado no final e saboreamos depois de tudo, que é a verdadeira recompensa por todo o tempo de trabalho, marcando aquele momento com excelência.

É o momento de comemorar, com a consciência tranquila e as costas relaxadas depois de cumprir todas as obrigações. Além da emoção e do orgulho, surge um novo sentimento, é uma impressão de “é verdade isso mesmo??”, porque ainda é meio inacreditável pensar que não tem mais nada a se fazer, a não ser receber o diploma e festejar!

E amanhã é este dia especial para muitos dos colegas que tive durante o curso de Ciências Contábeis da Unisc, e estarei os aplaudindo feliz, emocionada e orgulhosa, mais ainda por pensar que, da próxima vez, no próximo semestre, seremos eu e meu irmão ali.

Lhes desejo muito sucesso sempre! Comemoro como uma conquista minha, e me alegro em compartilhar este momento com amigos, em especial Thais, Cris e Nádia. Parabéns pela formatura e aproveitem muito.