Roteiro de trilhas na Patagônia: o que conhecer

Sem dúvidas, o ápice do nosso trajeto foi o amanhecer no Fitz Roy

Este ano, realizei uma das maiores aventuras da minha vida: uma viagem de 20 dias rumo à Patagônia, com direito a muita trilha, acampamento no frio, trekking de quase 100km e claro, paisagens lindíssimas. 

Fui com meu namorado e um casal de amigos, a Patrícia e o Rui, que planejaram e sonharam tudo conosco durante meses antes da viagem. 

E esse é justamente o tipo de viagem que precisa de um roteiro bem organizado, por isso pesquisamos bastante antes de partir. 

Agora, resolvi escrever aqui a nossa experiência, para que outras pessoas que queiram se aventurar tenham mais material na hora de se preparar. 

O PLANEJAMENTO DO TRAJETO

O Rui foi o cara mais engajado na missão de desvendar os locais desde o começo, então ele a Patrícia criaram a primeira estrutura da rota. 

Falo em “missão” porque a Patagônia é uma região que abrange uma grande área no extremo sul da América do Sul, ocupando partes da Argentina e do Chile, ou seja, são muitas possibilidades de roteiro! 

Nós selecionamos nossos pontos de interesse primeiro, e fomos montando o restante da rota conforme com base nisso. Eles eram, principalmente: Fitz Roy, na Argentina, Torres del Paine, no Chile e Ushuaia, a famosa cidade do fim do mundo.

E mesmo depois de saber qual parte queríamos conhecer, surgiram muitos detalhes específicos que são difíceis de encontrar na internet. Principalmente no nosso caso, já que o trajeto envolvia acampamento e rotas mais remotas.

Então, fomos nos reunindo (e conversando muuuito via whatsapp), para alinhar cada vez mais os detalhes.

Nossas condições principais para pensar no roteiro foram: aproveitar o máximo de tempo com o mínimo de gasto. E geralmente é assim quando viajo, tento fazer a maioria de coisas possíveis, e encaixo programações a cada intervalo livre. 

Vou compartilhar o roteiro básico diário que seguimos, que eu acho que já pode dar uma boa orientação para quem pensa em fazer algo do tipo. Vamos lá:

DIA 01

🚗Santa Maria > Uruguaiana (carro: 382km)

🚕Uruguaiana (Brasil) > Paso de Los Libres (Argentina) (carro/transfer)

🚌 Paso de Los Libres > Buenos Aires (ônibus: 671km – noite)

DIA 02

📷 Chegada em Buenos Aires – dia livre para passear e descansar

DIA 03

✈Vôo de Buenos Aires para Ushuaia 

🚶Trilha Glaciar Martial (2km ida e volta, com subida bem íngreme)

DIA 04

📷 Caminhada com pinguins e navegação pelo Canal Beagle

DIA 05

🚶Trilha para Laguna Esmeralda (9,8km ida e volta)

DIA 06

📷 Parque Tierra del Fuego 

(final da rota 3, trem do fim do mundo, correio do fim do mundo, etc.)

DIA 07

✈Voo para El Calafate

🚗El Calafate > El Chalten (carro: 214km)

⛺ Pernoite El Chalten (Eco Domos)

DIA 08

 🗻Início trilha rumo a Laguna de Los Tres (mirante Fitz Roy)

🚶Hosteria El Pilar > Campamento Poincenot (trilha: 8km)

⛺ Pernoite no acampamento Poincenot (levamos barracas que alugamos na cidade)

Obs.: O roteiro inicial seria avançar rumo a Laguna de Los Tres neste dia. Mas, como estava chovendo e bastante nublado, optamos por não subir e alteramos o roteiro que, inicialmente previa Fitz Roy neste dia, e Cerro Torre no dia seguinte. Optamos por cancelar a ida ao mirante do Cerro Torre.

DIA 09

 🗻Parte final trilha rumo a Laguna de Los Tres (mirante Fitz Roy)

🚶Campamento Poincenot > Laguna de Los Tres (trilha: 2km, subida muito íngreme)

🚶Laguna de Los Tres > Hosteria El Pilar (trilha: 10km)

🚗El Chalten > El Calafate (carro: 214km)

DIA 10

🚌 El Calafate > Parque Nacional Los Glaciares (ônibus: 48km)

📷 Glaciar Perito Moreno

DIA 11

🚌 El Calafate (Argentina) > Puerto Natales (Chile) (ônibus: 272km)

🍲Compras de mantimentos para os próximos dias

DIA 12

 🗻Ida para o Parque Nacional Torres del Paine – Início Circuito W

🚌 Puerto Natales > Laguna Amarga / Camping Central (ônibus: 122km)

🚶Camping Central > mirante base das Torres (trilha: 20km ida e volta)

⛺ Camping Central

DIA 13

🚶Camping Central > Camping Los Cuernos (trilha: 15km)

⛺ Camping Los Cuernos

DIA 14

🚶Camping Los Cuernos > Vale do Frances > Camping Paine Grande (trilha: 24km)

⛺ Camping Paine Grande

DIA 15

🚶Camping Paine Grande > Refugio Grey > Mirador Glaciar Grey (trilha: 14km)

⛺ Refugio Grey

DIA 16

🚶Refugio Grey > Camping Paine Grande (trilha: 11km)

🚌Parque Nacional Torres del Paine > Puerto Natales (ônibus: 122 km)

E começamos a voltar, aproveitando pra tirar mais alguns dias de passeios pela capital portenha pra fechar com chave de ouro. Aliás, eu já escrevi um post com dicas de Buenos Aires aqui no blog também, confere lá.

DIA 17

🚌 Puerto Natales (Chile) > El Calafate (Argentina) (ônibus: 272km)

✈Voo El Calafate > Buenos Aires

DIAS 18

📷 Buenos Aires

DIA 19

📷 Buenos Aires

🚌 Buenos Aires > Paso de Los Libres (ônibus: 671km – noite)

DIA 20

🚕Paso de Los Libres (Argentina) > Uruguaiana (Brasil) (carro/transfer)

🚗Uruguaiana > Santa Maria (carro: 382km)

E chegamos ao fim da trip!

Fizemos uma foto no mesmo local de partida, para marcar nossa chegada. Só que agora trazendo muito mais bagagem (e não tô falando das mochilas, essas não poderiam aumentar mais por conta do peso kkk).

Aos poucos vou compartilhando detalhes de cada lugar em novos textos. Espero poder ajudar outros aventureiros com essas informações, e se surgir curiosidade sobre algum destino em especial, é só me falar por aqui ou pelo instagram @luanamauler. =)

Lugares além das redes: Buenos Aires

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Seguindo a linha dos lugares que conheci e quero compartilhar por aqui – comecei com o post que falava de Ouro Preto – MG – decidi que antes de começar a falar sobre lugares específicos, como restaurantes e lojas legais, vou contar minha experiência em outra cidade queridinha. Este texto iria sair uma hora ou outra, então resolvi escrevê-lo de uma vez e juntar algumas percepções e momentos que vivi na cidade de Buenos Aires, capital de nosso país hermano, Argentina.

Pretendo fazer bem resumido mesmo, com “pontos-chave”, como se fosse uma introdução para outros capítulos que podem vir, tanto em outras postagens aqui no blog, quanto na própria experiência dos leitores que venham a conhecer a cidade portenha depois. Tipo papo de amiga mesmo, sabe? Pra contar pequenos detalhes do que gostei de lá, com algumas dicas também, para, quem sabe, despertar a vontade de conhecer a cidade em mais pessoas.

Já visitei a cidade três vezes, e cada uma delas foi diferente e especial. Aliás, todas elas duraram menos de uma semana, então fica a dica para quem não consegue sair por muitos dias e quer curtir um passeio curto bem legal e relativamente perto, por se tratar de um país vizinho. A primeira foi em 2012, em uma viagem de estudos que fiz com o pessoal da faculdade. Foram dias corridos, divididos entre visitas técnicas, palestras e pontos turísticos. Tínhamos a programação da parte acadêmica feita, por isso eu já pesquisei sobre a parte turística antes, e levei anotadinho tudo o que eu queria tentar conhecer nas horas livres.

Pra começar, o nosso hostel ficava na famosa Calle Florida que, para uma primeira visita, é bem interessante, justamente por ser uma das ruas mais conhecidas de lá. Tem lojas de tudo que é tipo, mas é realmente o ponto dos turistas e, por conta disso, é onde empresas turísticas passam toda a extensão da rua com representantes oferecendo seus serviços, o que é um pouco chato, mas faz parte do comercial né. Vale a visita mesmo assim para conhecer, sempre cuidando bem de seus pertences porque todo mundo fala que é alvo de batedores de carteira.

A parte turística dessa viagem foi bem completa mesmo, e o hostel em que ficamos era pertinho de muita coisa que pudemos ir a pé mesmo, assim, conheci Puerto Madero e a Puente de La Mujer, a Casa Rosada e a Plaza de Mayo, caminhei pela Avenida de Mayo e atravessei a 9 de Julio, rua mais larga do mundo, onde conheci o Obelisco no entroncamento com a Corrientes. Também fui à Recoleta e conheci a Facultad de Derecho e a famosa Floralis Genérica, que abre suas pétalas durante o dia e se fecha à noite.

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Um dos lugares mais turísticos de lá, que eu sempre via em fotos, era o bairro La Boca. Cheio de casinhas coloridas e casais dançando tango por todos os lados no Caminito, onde visitei também o estádio La Bombonera. Foi legal para conhecer, é bonitinho mesmo, mas nas outras vezes que fui à cidade, não foi um lugar que fiz questão de voltar, achei turístico demais para o meu gosto. Preços bem elevados por coisas que encontramos em outros bairros por valores mais em conta, mas vai de gosto.

Na última manhã na cidade, ainda aproveitamos para tomar um café da manhã no clássico Café Tortoni, que é bem turístico também, mas vale a visita, para conhecer. Aliás, acho interessante também conhecer outros cafés de lá em outras oportunidades, como fiz nas viagens seguintes, eles têm muitas opções no ramo. Como fomos bem cedo, não pegamos fila, mas nas outras vezes que passei na frente, sempre tinha uma fila enorme aguardando para entrar.

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Ah, e pegamos o Subte para ir para lá, que é o metrô subterrâneo. Já estava na minha listinha que montei através de dicas que vi na internet antes, mesmo descobrindo depois que andaríamos somente duas estações, foi legal. Valeu a experiência, porque nas outras vezes eu o utilizei muuuuito para me locomover por lá, inclusive, outra dica é usar táxi que, pelo menos quando fui, era bem barato. Para finalizar a viagem, passamos um dia na cidade de Tigre, e fizemos um passeio pelo Delta do Rio Tigre, que é muito legal e diferente, pelo menos pra mim. É uma experiência que eu recomendo também.

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Já na segunda vez que visitei a cidade, fui com meu namorado, em 2014. Como ele também conhecia a cidade, acabamos fazendo um passeio menos tradicional, ainda bastante turístico, mas conhecendo lugares um pouco mais paralelos. Na verdade, foi uma viagem onde o nosso maior foco foi a comida! Hehe. Novamente, pesquisamos antes na internet, e as maiores dicas obtive no site Buenos Aires para Chicas, escrito pela Amanda Mormito, que descobrimos através do Destemperados. Aliás, indico a visita nestes três sites – a Amanda não está mais escrevendo nesse blog de BsAs, mas todas as dicas maravilhosas continuam lá e, entrando no site dela, é possível ver sobre o que mais ela fala agora, assim como no São Paulo Encantada.

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Nesta viagem, caminhamos muuuuito, passeamos sem pressa pela linda Avenida de Mayo, atravessamos diversas vezes a 9 de Julio, e conhecemos também a Rivadavia, que é a rua mais longa do mundo. Conheci a Catedral Metropolitana, a famosa igreja do Papa Francisco, que é muito bonita e cheia de história, também vale uma paradinha para conhecer. Visitei o Museu de Arte Moderna, a Livraria El Ateneo e a Biblioteca Nacional. Conheci o bairro San Telmo, e sua famosa feira de rua que ocorre aos domingos e tirei a famosa foto com a Mafalda por lá.

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E também me apaixonei por Palermo, um bairro cheio de estilo, cores e arte. Lindo, lindo… Lá estão lojas, restaurantes e cafés muito legais e bonitos, de muito bom gosto.

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Por falar em apaixonar-se, é claro que esta viagem também teve a ilustre presença de um casal que foi fotografado, a Rocio e o Jeremias. Eles são muito fofos e moram lá. Nos divertimos muito fazendo algumas fotos deles em uma noite fria e com uma chuvinha fina que caía. *–*

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Fotos: Marcelo Brum

E já na terceira vez que estive na cidade, em 2015, fiquei apenas 2 dias, ao final de uma viagem com amigos que começou no Uruguai. A chegada já foi diferente, pois pegamos o Buque Bus em Colonia del Sacramiento, que atravessou o Rio del Prata até a cidade. Dessa vez, também caminhamos muito, e aproveitamos melhor alguns pontos da cidade que não tivemos muito tempo de aproveitar antes, voltamos a lugares que gostamos e, ainda assim, conhecemos novos lugares, como a Plaza del Congreso.

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Acho que já deu pra perceber que vale super a pena a viagem né? Tentei falar em poucas palavras, mas foi o máximo que consegui resumir. Vou deixar os detalhes para outras postagens para não cansar ninguém desse assunto (por mais que eu não canse, hehe). Aliás, eu contei um pouquinho da minha experiência por lá, e sei que existem diversas outras opções também, espero que tenham gostado! Se tiverem mais alguma dúvida, me falem, me contem o que acham. 😀

Lugares além das redes: Ouro Preto – MG

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Quando pensei em escrever sobre lugares que conheci e gostaria de compartilhar aqui no blog, tinha em mente que precisava começar por algum lugar especial. Não somente “mais um destino turístico”, mas que fosse sobre um momento legal, que é onde quero focar. Decidi que começar falando de Ouro Preto – MG seria uma baita pedida!

Visitei a cidade em março de 2015, em uma viagem de trabalho que virou passeio. Fui com meu namorado, para fotografar um casal de noivos, a Camila e o Giovano, que não poderiam ter escolhido destino mais charmoso para suas fotos de pré-casamento. E melhor ainda: eles estavam fazendo aniversário de namoro, já aproveitaram a viagem pra comemorar e curtir este pedacinho da preparação para o casamento deles, que foi sempre pensado com muito carinho. Dois dias de fotos, mais três dias de passeio para aproveitar a cidade, tempo suficiente para ser inesquecível e deixar aquela saudade quando se lembra, e vontade de voltar mais vezes.

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Eu, particularmente, nunca tinha pensado em visitar Ouro Preto, também nunca tinha parado para ler mais sobre a cidade. Já tinha ouvido falar e visto algumas matérias de lá, sabia mais ou menos onde ficava, mas nunca tinha pensado “um dia quero conhecer Ouro Preto”. Sabe como é né: nas férias, se pensa em praia, nos sonhos, se pensa em conhecer lugares turísticos do mundo, e por aí vai… Continua aquela velha história de não conseguir conhecer tudo que se tem vontade no mundo e tal.

Não tivemos muito roteiro, afinal, os noivos seriam quem iriam decidir sobre os rumos, e no final, eles também não programaram muito. Foi uma das melhores coisas do passeio, porque descobrimos juntos a cidade. Cada um havia lido alguma coisa sobre algum lugar que achou interessante na internet, e fomos juntos procurando e nos maravilhando, além de conhecer outros tantos.

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Alguns momentos dos passeios

E não perdemos tempo de passeio por conta disso, porque dependendo do destino isso acontece, por termos que ficar decidindo os lugares para visitar na hora, acho que isso acontece mais em cidades maiores. O centro histórico de Ouro Preto é todo lindo, cheio de detalhes em cada paisagem, diferente de tudo o que eu já havia conhecido.

Não era nada ruim decidir o roteiro de passeios tomando um café com uma vista assim:

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Foto: Marcelo Brum

Ou almoçando em um restaurante típico com sobremesas assim:

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Detalhe: os pratos do almoço mesmo eu não fotografei, mas estavam deliciosos. É porque tenho uma “pequena” quedinha por doces, aí sabe como é, não resisti né

Tudo lá tem um ar meio antigo sabe? É até meio engraçado, diferente, porque tudo parece cena de novela de época, o clima da cidade é todo assim, meio cinematográfico… um amor só! Em cada cantinho que a gente olha tem algo que remete à um tempo passado, que na verdade nem vivemos, mas que conhecemos através de histórias.

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Foto: Marcelo Brum

Parece que, ao entrar naquelas casinhas, vou encontrar luz de velas e nada de televisão ou internet. Mas claro que não é assim, porque o local é todo voltado ao turismo, a estruturação que eles têm para receber visitantes, pelo que pude perceber, é ótima: muitas pousadas, além de hotéis e hostels, e independentemente se você estiver em um museu ou em um restaurante, até mesmo os seguranças ou garçons têm histórias incríveis daqueles lugares, que muitas vezes foram senzalas ou moradia de importantes nomes da história do Brasil. Dá pra perceber a vontade e o ânimo que eles têm em passar esse conhecimento, o que acaba nos instigando ainda mais a saber sobre a história de tudo.

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Outra coisa interessante que aconteceu lá foi justamente essa coisa de descobrir a história. Descobrir que aquela igreja que passamos várias vezes logo que chegamos na cidade (dentre as tantas que existem lá – que são muitas meeesmo!), era a famosa Igreja de São Francisco de Assis, uma das mais importantes criações de Aleijadinho, ou que a Praça Tiradentes é o local onde foi exposta a cabeça de Tiradentes no passado, ou que em uma das salas do museu Casa dos Contos foi morto o poeta Claudio Manuel da Costa, ou que o Museu da Inconfidência era uma prisão e foi construído com pedras enormes que eram carregadas pelos escravos… Tipo “CARACA!!”, muita coisa importante que eu tinha estudado na época de colégio, aulas de artes, história, literatura… tudo ali, na minha frente.

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E sei que não era só eu que não sabia de tudo isso, conversei com muita gente quando retornei, e por isso estou contando aqui também. Quero poder mostrar para mais gente como é interessante conhecer os detalhes dessa linda cidade, uma pena que não tive tempo de saber mais, e conhecer mais, mas foi uma experiência incrível.

Não quero me estender muito, mas é que tem tanta coisa legal pra contar de lá, que não posso deixar comentar sobre só mais uma coisinha: as ladeiras! Eita lugar pra gostar de subir e descer, meu Deus do céu!!! Tem umas que são impressionantes de tão íngremes. Bom pra tirar a culpa depois de comer pão de queijo e aqueles doces maravilhosos que têm por lá. 😛

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Tiveram vezes em que olhamos o caminho no mapa, e resolvemos cortar caminho para “ser mais rápido”, minha nossa, pra quê? Algumas distâncias eram menores no mapa, mas quando a gente chegava, eram praticamente uma escalada! Mas é tudo lindo e sempre compensa, passar por caminhos diferentes sempre pode levar a lugares interessantes. Fica a dica de calçar algo confortável.

Enfim, eis um resumo do que encontrei em Ouro Preto e senti por lá, o que acharam? Espero que eu tenha conseguido mostrar um pouquinho do que é. Ah, e uma hora dessas, talvez, eu ainda faça um post para falar especificamente dos lugares interessantes que conhecemos lá. Vamos ver como vão andar as coisas, já que essa é a primeira postagem desse assunto aqui no blog, de pouquinho em pouquinho eu vou contando. 🙂

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Mais alguns cliques que o Marcelo fez

Começando a falar sobre lugares

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Foto: Marcelo Brum

Acredito que todas as pessoas tenham o sonho de conhecer algum lugar. Desde os sonhos mais tradicionais, como o desejo com gosto de infância de ir à Disney ou a vontade romântica de conhecer Paris, até o sonho que muitas pessoas têm de conhecer o mar. Lugares que são muito próximos para uns, e tão distantes de outros, acabam se tornando sonhos pela vontade aliada às dificuldades muitas vezes existentes, que são entraves para sua realização.

E mesmo sem ir tão além, porque acho a palavra “sonho” muito profunda, vamos falar simplesmente da vontade. Aquele lugar que você vê alguém postando fotos na internet e pensa “nossa, que lindo, parece que lá é legal”, e acaba anotando na listinha imaginária de lugares para conhecer quando der um tempo, ou quando estiver sem destino para a próxima viagem.

Acontece que SEMPRE tem destino pra próxima viagem! Frequentemente ficamos sabendo da existência de mais e mais lugares novos (pra gente), e que aguçam o “paladar” curioso para viagens (sim, paladar, porque cada um tem um gostinho diferente e único). E acaba que essa lista tá sempre crescendo e o tempo não dá conta de tudo, o que eu acho um pouco frustrante, na verdade, mas faz parte e é preciso se adaptar.

Se pensar somente em pontos turísticos, existem os mundiais, que muitos são realmente sonhos para algumas pessoas, também existem os nacionais e estaduais, cada um representando peculiaridades das regiões, assim como os municipais. Todos têm sua importância, todos têm histórias que refletem um pouco da essência de cada lugar, que os concedem o título de ponto turístico. É muita coisa interessante pra conhecer!

Porém, eu também adoro conhecer o lado “não-turístico” até mesmo dos lugares mais turísticos, como aquela parte da cidade que o pessoal local frequenta e aquelas belezas que acabam ficando de fora de roteiros programados de viagens. Até mesmo pequenos passeios pelas redondezas em finais de semanas podem render belos momentos e, por consequência, felizes registros fotográficos, pois muitas vezes a peculiaridade de um local está na forma especial como aqueles momentos foram vividos.

Poder compartilhar estes registros é muito bom, mas mais ainda, é poder compartilhar as experiências mais a fundo, para que outras pessoas também possam disfrutar de lugares que eu gosto. Não conheço muito do mundo, e quase nada da minha lista imaginária de lugares, mas já conheci lugares muito legais, e grande parte não estava na minha lista. Porque o importante é aproveitar ao máximo cada lugar e cada momento, e esse vai ser um dos assuntos aqui no blog.

Quero mostrar peculiaridades de experiências e dicas que não cabem em legendas de fotos, para falar dos “lugares além das redes” que eu curto, admiro e que sonho também. Aos poucos vou mostrando um pouquinho disso, e espero poder ajudar mais gente a descobrir novos lugares ou simplesmente conhecer a minha experiência e, quem sabe, poder incentivar outras.